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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

ASSÉDIO MORAL - DENTRO DA INSTITUIÇÃO

Vamos falar um pouco sobre o Terrorismo Psicológico, este problema que age de forma silenciosa e que é a causa de desagregação em diversos ambientes.

Partindo do pressuposto que todo individuo tem em si estabelecido suas próprias regras, e que estas regras dizem respeito a como ele se comporta com outros indivíduos e até mesmo na harmonia, no amor, no ódio, na raiva, no despeito com a ignorância do outro, e se este mesmo individuo coloca entre si e o outro um perímetro, no qual estabelece, assim por se dizer, uma faixa soberana, que nada mais é que o limite estipulado como segurança dos outros indivíduos, permitindo somente aqueles do seu agrado à entrada dentro deste perímetro.

Partindo do pressuposto que a sociedade também estabelece suas regras, na quais todos os indivíduos têm que se respeitar para que viva em um estado regular de harmonia uns com os outros, e deste fato percebo que as coerções estabelecidas não se chocam, mas, porém tentam se harmonizarem entre si o máximo possível para que sejam feitas a convivência do indivíduo e a sociedade.

Percebendo tudo isto me pergunto, por que o individuo com toda as suas pré estabelecidas regras e sendo todos iguais em comum aspecto, como ainda assim se deixa ordenar por outro individuo, a ponto de muitas vezes perder sua própria identidade? Por que se deixa levar a esta dominação?

Passo a dizer que o Assédio Moral é a forma encontrada pelo indivíduo que é a vitima, de se defender contra a opressão e agressões dos atores que retém para si toda forma de coerção através do poder, um objeto abstrato que transforma o ser humano; esta anomia que é imposto através do poder sobre o indivíduo que gera o assédio moral se torna um distúrbio social no ambiente de trabalho, onde é observado em diversos ambientes profissional, mas que se estala com muito mais precisão nos ambiente autoritário.

E notório tal disfunção social, ou seja, o Assédio Moral da chefia com os seus subordinados vejam bem que este assédio moral por mim relatado aqui, se diz respeito ao ato de perseguição, de humilhação, desrespeito com outrem, onde o abuso e legitimado não institucionalmente e sim pelo autoritarismo da chefia, que transforma este ambiente de trabalho em uma coisa aterrorizante e impossível de conviveu.

Muitos funcionários da área da segurança seja ela, pública, urbana ou privada, que na sua totalidade, sabem o que é o assédio moral e suas percepções são muito claras em relação ao fato, descrevendo-o como uma forma de humilhação, de opressão, deterioração, de constrangimento, de coação, e que parte na maioria das vezes por ocupante de cargo de chefia, seja ele ocupando por superiores hierárquicos ou até mesmo por pares de mesmo grau de hierarquia, que ocupam estes cargos.

Bem, será este indivíduo é coagido a fazer o que o outro determina? Ou será que o poder que o outro retém é tão grande que aliena o indivíduo a fazer somente o que seja determinado, por este outro, ou que faça através da coerção, mas se como vimos todos tem suas próprias soberanias e sendo este indivíduo como um Estado, soberano, então por que não fazer com que o outro lhe respeite.

Notei aí certa confusão entre dominante e dominado, só são assim porque um retém o poder e o outro não, mas também não pude deixar de notar que o poder passa de dominante para dominado e estes, ao trocarem de papel, agem em estado contrario ao que era antes, ou seja, o que recebeu o poder se manifesta da mesma maneira que o outro quando o tinha o referido poder, já o outro passa a exercer o mesmo papel que o dominado exercia anteriormente, será que este poder é o grande vilão e é ele quem conduz ao assédio moral? Que os indivíduos quando no poder não reconhecem o outro como ser humano, e sim como objeto, Aonde se manipulam, se ameaçam, humilham, será realmente este poder o transformador do indivíduo em monstro?
Creio que não, porque o poder não e algo concreto e sim abstrato, não podendo assim ter uma ação solidificada quanto à causa, mas encontra-se no homem a grande concepção desta mudança.

Parte de dentro de cada indivíduo os lideres que são, alguns natos não fazem necessidade deste expediente para demonstrar que tem o poder, pois não são centralizadores e sim democráticos quanto às opiniões alheias de outro indivíduo; já os que não são lideres natos tem que demonstrar através da coerção quem é que manda e quem tem que obedecer, nem que para isto tenha que rebaixar o outro indivíduo a um grau de humilhação. Talvez esteja ai a diferença entre o líder e o chefe, há um abismo entre ambos no tratar com o indivíduo, no cativar o indivíduo.

É intrigante observar que o assédio moral parte dos regimes mais autoritários, e que o homem ainda não esta preparado para assumir o poder, pois a própria história já tratou de deixar registrado isto em alguns eventos acontecido no passado.

O que posso concluir é que o indivíduo e dotado de carências, ora falta de carinho, ora falta de atenção, ora querendo ser estrela, mas não entende que outros indivíduos têm as mesmas mazelas, e que cada um, de alguma forma tenta se sobressair perante o outro. Sendo assim e notório detectar nos indivíduos autoritários a necessidade de ter tudo ao seu controle, pois para estes indivíduos se estabelecerem como “indivíduos dentro da sociedade” têm que demonstrar que são fortes, e que todos se encurvem para ele, tendo isto como “ato de poder”, este poder se faz necessário para sua sobrevivência naquela sociedade ali estabelecida.

Este indivíduo não entende que tal necessidade é coletiva, que o outro também a sinta, é ao deparar com esta realidade cria-se um estado de competição com o outro a fim de demonstrar que ele é o único que tem tais direitos e necessidades, usando de diversos artifícios para se manter no controle desta situação, este egoísmo faz com que se torne egocêntrico dificultando ainda mais a relação interpessoal, fazendo assim a inexistência de uma sociedade mais dinâmica e voltada para uma integração mais continua entre as pessoas, daí nascendo à necessidade de desmoralizar o outro para obter um resultado positivo para si, o que observo também e que o indivíduo se deixa corromper por este egoísmo, segando-o e levando ao prisma de que ele realmente e onipotente, se tornando assim uma anomia para com a sociedade, estabelecendo novos regras a qual o único beneficiário é a si mesmo, e através destas regras abusar de seu poder por não percebendo que tais regras venham a causar rupturas na relação interpessoal e no bem estar da estrutura social estabelecida.

O que posso concluir com tudo isto, é que somente uma liberdade republicana-democrática pode levar os atores a se respeitarem mutuamente, tornando assim uma hierarquia mais sólida, desde que, tenham uma ótica verdadeira não só do profissional como também do ser humana, e que esta ótica, seja levada além das diferenças de cada um, das dificuldades que cada indivíduo tenha extra trabalho, pois além da vida profissional cada indivíduo também tem sua vida familiar, para cada ambiente uma socialização diferenciada entendo que, se entendermos a nos mesmos em nosso dia-a-dia e os nossos problemas respeitando o outro como gostaríamos de ser respeitado, sendo esta forma de respeito para todos, não quebrando a hierarquia, por que sem esta hierarquia não há regras, e sem estas regras não teríamos uma ordem estabelecida quanto ao que seguirmos, desta feita teríamos uma sociedade trabalhista melhor, também e necessário que cada um saiba de seu papel dentro deste cenário e desenvolva nele um ambiente de trabalho mais saudável.

Mas a questão ainda e complexa e surgirão ainda muitas interpretações sobre o assunto, espero que todos venham ao encontro de uma sociedade mais humana, que dêem predicados mais dignos ao indivíduo, que seja desconstruindo o egoísmo involuntário de cada indivíduo, pois isto deveria ser abordado de uma maneira mais ampla, num estudo mais apurado deste male que perturba o indivíduo, e na posteriori podermos com certeza chegar a um denominador comum, o que eu quero aqui deixar claro e que a uma carga muito grande emocionalmente e de responsabilidade sobre o indivíduo, e muito desta carga vêem do vestígio do passado que não foram tratados devidamente, e que de vez ou outra reaparecem, como um aviso de que o limite esta sendo ultrapassado, tornando-se uma epidemia e assim quebrando as regras que foram formalizadas para aquela sociedade, e que por sua fez vindo a tornar uma anomia para esta sociedade, no caso aqui especifico dentro do ambiente de trabalho, tendo como objeto desta anomia o abuso da chefia, que resulta no, Terrorismo psicológico, ou como conhecemos Assédio Moral, aqui eu comecei o dialogo.